sábado, 2 de fevereiro de 2008

O CARNAVAL DE PERNAMBUCO TEM:


Pernambuco orgulha-se de ter uma música e uma dança que nenhuma terra tem o FREVO.
Nascida espontaneamente no meio do povo, ou melhor, criada pelo próprio povo. O historiador Valdemar de Oliveira, em seu Frevo, capoeira e passo, vai além. Ele diz que o frevo surgiu na verdade no Recife, nascido no meio do Carnaval, no fim do século 19. Ninguém sabe afirmar quem veio primeiro, a música ou o passo. Na verdade, eles evoluíram juntos, um inspirando o outro, e completaram-se. "O frevo foi invenção dos compositores de música ligeira, feita para o Carnaval, enquanto o passo brotou mesmo do povo, sem regra nem mestre, como por geração espontânea."

Considerado a marca registrada de nosso Carnaval, o frevo mistura ritmos do maxixe, da modinha, da polca, do tango, da quadrilha e do pastoril, tendo como origem o repertório das bandas militares da segunda metade do século XIX. Para frevar, haja pernas, braços e muito, muito fôlego. Os passos, de nomes engraçados como tesoura, dobradiça, ferrolho, abanando e pernada, são quase uma aeróbica. Confira aqui alguns passos do FREVO (http://br.youtube.com/watch?v=6-y8AtaNuRM&feature=related)
Os blocos surgiram a partir de 1915: Apois fum!, Bloco das Flores, Batutas da Boa Vista (1920), Madeiras do Rosarinho e Inocentes do Rosarinho (ambos em 1926) e Batutas de São José (1932). Alguns deles criados por Felinto e Raul Moraes. Segundo Valdermar de Oliveira, a origem dos blocos se liga à rapaziada que gostava de fazer serenatas e vinha também às ruas em dias de carnaval (sic). Eram criados então os frevos-de-bloco, sem nenhum metal, conduzidos por instrumentos de pau e corda.

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