segunda-feira, 26 de maio de 2008

O Brasil está se tornando uma espécie de "Grampolândia".


Fique atento, com o quê você fala ao telefone, tudo pode estar sendo gravado.

Usada como arma nas investigações policiais e no combate à corrupção, as escutas telefônicas estiveram presentes na vida de 409 mil brasileiros em 2007 e vêm crescendo ao ritmo de 10% ao ano. O país se torna, assim, uma espécie de "Grampolândia". Os dados foram apresentados pelas operadoras de telefonia fixa e celular à CPI das Escutas Telefônicas Clandestinas, na Câmara. O número de brasileiros com a privacidade violada salta para 4 milhões se levarmos em consideração que cada pessoa fala, em média, com outras 10 de seu círculo. Esse total não contempla as escutas clandestinas, sem autorização da Justiça, e que já atingiram ministros do Supremo Tribunal Federal e até presidentes.

No Brasil, a Lei n 9.296, de 1996, afirma que a polícia e o Ministério Público só podem recorrer a interceptações telefônicas quando houver "indícios razoáveis" de envolvimento em crime punível com prisão, e se a prova não puder ser obtida de outra forma. Na prática, esses pré-requisitos não são respeitados.

- É o que temos observado. A polícia tem grampeado para depois investigar, quando o correto deveria ser o contrário - diz o deputado Marcelo Itagiba, presidente da CPI das Escutas Clandestinas. Ele defende que escutas só sejam feitas após o inquérito policial ser instaurado.
- Realmente, a quantidade de grampos assusta. Essa banalização é grave, mas o grampo é uma ferramenta importante - diz Luiz Flávio Borges D'Urso, presidente da OAB-SP.
Segundo ele, é preciso que haja a conscientização dos magistrados sobre a concessão das autorizações.
- É preciso haver critérios - argumenta.

Contra-ataque

Se por um lado cresce o número de grampos no país, a paranóia que atinge principalmente grandes empresários e políticos brasileiros também aumenta e alimenta uma indústria contra-espionagem. Há, inclusive, um setor que lucra vendendo recursos anti-grampos. Uma das representantes é a alemã SecurStar, que oferece esse tipo de blindagem no Brasil.

O sistema empregado pela SecurStar é oferecido no Brasil desde 2006 e custa R$ 2 mil.

sábado, 24 de maio de 2008

Mais um Fantasma no Senado.














Filho de Hélio Costa será exonerado do cargo ‘fantasma’

Eugenio Alexandre Tollendal Costa, filho do ministro das Comunicações, Hélio Costa (foto a sua direita), será exonerado do cargo de assistente parlamentar do senador Flexa Ribeiro (PSDB-PA). Flexa decidiu dispensar Eugenio após a denúncia de que o filho do ministro era funcionário-fantasma do gabinete desde 2003, mas nunca havia aparecido no local.

Eugenio, que recebia um salário 2.649,46 reais, disse que atuava como assessor de comunicação e que cuidava do site do senador – que negou qualquer tipo de serviço. O filho do ministro, porém, pode ficar desempregado por pouco tempo: o senador Wellington Salgado (PMDB-MG) promete ajudar Eugenio. "Vou ver se a minha home page está precisando ser atualizada. Ele é bom nisso", afirmou Salgado, segundo o jornal Folha de S. Paulo.

Fonte - http://vejaonline.abril.com.br/notitia/servlet/newstorm.ns.presentation.NavigationServlet?publicationCode=1&pageCode=1&id=141620&textCode=141620&currentDate=1211546760000

sexta-feira, 23 de maio de 2008

O Brasil deve registrar mais de 18 mil casos de câncer de colo do útero.




HPV: nova vacina não reduz importância da prevenção.



As mulheres contam desde a última terça-feira, 20, com mais uma arma para a prevenção do câncer do colo do útero. Uma segunda vacina de prevenção ao câncer do colo do útero teve o valor de comercialização aprovado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). O medicamento Cervarix, do laboratório GlaxoSmithKline, chega ao mercado brasileiro com preço menor do que o da concorrente Gardasil, da Merck. No entanto, em qualquer um dos casos, o tratamento é para poucos. As três doses necessárias para garantir a imunização com as drogas devem custar no total a partir de R$ 649,55 sem impostos. Como o Sistema Único de Saúde (SUS) ainda não prevê a distribuição das doses pela rede pública, o conselho dos especialistas é mesmo investir na prevenção contra o papilomavírus humanos (HPV), causador de quase 100% dos casos da doença.


Para a diretora do Centro de Referência Estadual de Aids (Creaids), Cristina Camargo, o caminho para reduzir a incidência da doença é investir na conscientização e na ações preventivas, principalmente alertando para a importância do uso do preservativo durante o ato sexual. “Muitas mulheres ainda não têm acesso à informação e a um bom sistema de saúde pública no nosso país, o que faz com que a incidência da doença seja alta. Os números seriam reduzidos se todas fizessem exames preventivos anualmente”, afirma.


Fácil contágio - Apesar de ser considerada uma Doença Sexualmente Transmitida (DST), não há necessidade de penetração durante o ato sexual para que a mulher se contamine com o HPV. O vírus é transmitido no contato com a pele. “Estima-se que ao longo de uma vida sexualmente ativa, a chance de uma mulher contrair o vírus é de 75%”, explica o pesquisador e doutor em epidemiologia Edson Duarte Moreira.



O que é a vacina contra o HPV?


As vacinas estimulam a produção de anticorpos específicos para cada subtipo de HPV. No Brasil, as duas versões disponíveis no mercado são quadrivalentes, ou seja, previnem contra os tipos 6 e 11 do vírus, presentes em 90% dos casos de verrugas genitais, e também contra os tipos 16 e 18, que causam 70% dos casos de câncer do colo do útero, pelos estudos feitos nos Estados Unidos e na Europa.


Como é feito o exame preventivo?

O exame colo do útero (Papanicolau) consiste na coleta de material citológico (células) do colo do útero. A amostra segue para ser analisada em laboratório. A mulher não deve fazer o exame quando estiver menstruada, pois o sangue pode atrapalhar os resultados. É aconselhável evitar relações sexuais, uso de duchas ou medicamentos vaginais e anticoncepcionais locais nas 48 horas anteriores ao exame.


Quem e quando fazer o exame preventivo?

Toda mulher que tem ou já teve atividade sexual deve submeter-se a exame preventivo uma vez por ano, especialmente se estiver na faixa etária dos 25 aos 59 anos de idade. Todos os tipos de papilomavírus podem se transformar em um tumor maligno?Não. Os tipos mais comumente associados às verrugas (6 e 11), na sua grande maioria, não são os mesmos encontrados nos tumores malignos.


quinta-feira, 15 de maio de 2008

FÉ DO BILHÃO.

Enquanto a Igreja Católica gastou o seu latim, dividida em torno da greve de fome do bispo do São Francisco, a Igreja Universal do Reino de Deus trata de cuidar do milagre da multiplicação -não dos peixes, mas da fortuna alavancada pelos dízimos de seu rebanho.



Por - Fernando de Barros e silva

São 23 emissoras de TV, 40 rádios próprias e outras 36 arrendadas, dois jornais de grande circulação, duas gráficas, empresas de participações, uma agência de turismo, uma imobiliária, uma seguradora de saúde e -surpresa- até mesmo uma empresa de táxi aéreo. Haja fé.


A ótima reportagem de Elvira Lobato publicada pela Folha revela uma rede diversificada de negócios ligados à Universal, a que não falta pelo menos uma conexão com o paraíso fiscal de Jersey, aquele mesmo de Maluf.



A Rede Record, avaliada em R$ 2 bilhões, seria só o centro nervoso a partir do qual Edir Macedo comanda um império em expansão. Lembre-se, ainda, que o PRB, de José Alencar, é o braço institucional da igreja, embora sua presença na política vá muito além desse partido.


Nem o céu parece ser o limite para os neobucaneiros da fé, cuja máxima é a de qualquer negociante de sucesso: encontre (ou crie) uma necessidade e a satisfaça. Organização empresarial, técnicas agressivas de convencimento e mobilização, idéia de felicidade associada à promessa de ascensão social e conquistas materiais -só por herança ainda chamamos isso de religião.


Ao contrário dos católicos, reféns do juízo final, a Igreja Universal propõe a salvação aqui e agora; ao contrário das utopias de esquerda, coletivistas, estimula a redenção do indivíduo, só ele.Uma igreja assim aderente ao espírito do capitalismo encontrou na perdição das décadas perdidas de 80 e 90 terreno fértil para vicejar: desemprego, tráfico de drogas, famílias despedaçadas e jovens sem futuro nas periferias ofereceram o palco ideal ao apelo neopentecostal. Como Silvio Santos, Edir Macedo explica muito do Brasil.


quarta-feira, 14 de maio de 2008

O RACISMO RACIAL AINDA MANCHA A HISTÓRIA DO BRASIL.




Racismo no Brasil é, no mínimo, uma atitude de ignorância as próprias origens.


Por - Ilidio Teixeira


Qual é o antepassado do “verdadeiro brasileiro”? Indígena (os primeiros povos a habitar a terra do ‘Pau Brasil’)? Os negros (que foram trazidos para trabalhar como escravos e, ainda, serviram de mercadoria para seus senhores)? Os portugueses (que detém o status de descobridores desta terra)? Porém, pode ser a miscigenação de todas as raças, como vemos hoje? Afinal de contas, aqui se instalaram povos de todos os lugares do mundo. Portugueses, espanhóis, alemães, franceses, japoneses, árabes e, ultimamente, peruanos, bolivianos, paraguaios, uruguaios e até argentinos vivem neste país que hospitaleiro até demais com os estrangeiros e, muitas vezes, hostil com sua população.


Atualmente, a população brasileira faz parte do ‘vira-latismo’ mundial. Quantas pessoas mestiças nascidas no Brasil você conhece ou, pelo menos, já viu? Quantas vezes você ouviu alguém dizer que...”meu avô era africano, minha avó espanhola”, ou então...”meu pai é japonês e minha mãe é árabe”? Quando representantes ‘tupiniquins’ participam de eventos esportivos ou sociais, o que vemos são pessoas de diferentes raças, mas apenas um sangue, somente uma paixão, o Brasil.


O que existe por aqui é muito racismo camuflado e que todo mundo faz questão de não enxergar. Os alvos, mesmo que inconscientemente, sempre são os mesmos. Negros, mestiços, nordestinos, pessoas fora do padrão da moda, ou seja, obesos, magrelas, altos demais, baixos ou anões e, principalmente, os mais pobres sofrem com a discriminação e não conseguem emprego, estudo, dignidade e respeito. Estes não têm vez na sociedade brasileira!


Para exemplificar isso, basta visitar as faculdades, os pontos de encontro (como bares, danceterias, teatros e cinemas) ou, até mesmo, se tiver mais coragem, verificar o revés da história, ou seja, favelas e presídios. Claramente, nesses lugares, este racismo hipócrita e camuflado vem à tona e causa espanto em muitas pessoas que não ‘querem’ encarar a verdade dos fatos.


Segundo a Constituição Brasileira, qualquer pessoa que se sentir humilhada, desprezada, discriminada, etc...por sua cor de pele, religião, opção sexual...pode recorrer a um processo judicial contra quem cometeu tal atrocidade. Mas, neste país, a verdade é que ninguém encara isto seriamente e quando atitudes idênticas a do jogador Grafite, do São Paulo Futebol Clube, acontecem causa estranheza nas pessoas.


Já está mais que na hora do brasileiro valorizar e acreditar em suas virtudes, para que um dia este país tenha condições de lutar com igualdade pelos seus direitos e por todos nós, além de almejar um posto de destaque no cenário mundial. Caso contrário, seremos sempre o país do futebol, do melhor corredor de automobilismo, da melhor ginasta, do melhor carnaval, mas, nunca teremos cadeira fixa nos conselhos mundiais, como a Organização das Nações Unidas, que definem as regras econômicas e comerciais vigentes.


sábado, 10 de maio de 2008

SEGUNDO REVISTA, O TECLADO DO PC TEM MAIS BACTÉRIAS DO QUE O ASSENTO DE UMA PRIVADA.


Alguns teclados de computador têm mais bactérias do que o assento de uma privada, segundo uma pesquisa realizada por uma revista britânica.
A revista Which? Computing afirma que testes realizados em computadores de escritório encontraram germes e bactérias que poderiam causar infecção alimentar.
Dos 33 teclados analisados, quatro foram considerados potenciais riscos à saúde e um tinha cinco vezes mais germes do que o assento da privada do banheiro do escritório.
Um microbiologista deu ordens para que o teclado fosse retirado do local, mantido em quarentena e limpo.
O microbiologista Peter Wilson, do University College London Hospital, diz, que um teclado de computador é geralmente "um reflexo do que está no seu nariz e no seu intestino".
Wilson afirma que compartilhar um teclado no escritório pode causar a transmissão de doenças entre os empregados.
"Se alguém tem um resfriado no escritório, ou mesmo uma gastrenterite, há muitas chances de que você vá pagar a doença por meio do teclado", disse o pesquisador.
Segundo a revista Which? Computing, uma das causas para teclados tão sujos é o fato de que usuários cada vez mais comem enquanto usam o computador.
Maus hábitos, como não lavar as mãos depois de ir ao banheiro, também contribuem para o problema, de acordo com os pesquisadores.
A editora da revista, Sarah Kidner, aconselhou os usuários a limpar os teclados antes de começar a trabalhar.
No ano passado, uma pesquisa realizada pela Universidade do Arizona concluiu que, em média, uma mesa de trabalho tem 400 vezes mais bactérias do que um assento de privada.
Eles também descobriram que as mesas das mulheres têm de três a quatro vezes mais germes do que a dos homens.
Fonte - BBCBrasil

quarta-feira, 7 de maio de 2008

EM BUSCA DE MAIS DINHEIRO DEPUTADOS FEDERAIS QUEREM R$ 16.500 DE AUXÍLIO-FUNERAL.


Séra que as família de deputados não tem condições de bancar o enterro dos parlamentares diante do salário recebido mensalmente?
Fonte - FolhaOnline

O auxílio-funeral aumentaria o número de benefícios recebidos hoje pelos parlamentares. Além de 15 salários anuais de R$ 16.500, os deputados recebem mensalmente auxílio-moradia (R$ 3.000), cota postal e telefônica (R$ 4.200), verba para contratação de assessores (R$ 60 mil), verba para manutenção de escritórios nos Estados (R$ 15 mil) e cota para aquisição de passagens aéreas (varia de R$ 4.400 a R$ 17,6 mil).

O projeto -assinado pelo presidente da Casa, Arlindo Chinaglia (PT-SP)-- coloca sob responsabilidade da Câmara a realização de toda a cerimônia fúnebre, incluindo a compra do caixão, ou destina cota de R$ 16.500 para ressarcimento à família dos gastos efetuados.
O texto abre ainda a possibilidade de a Câmara bancar as despesas funerárias até mesmo de ex-deputados.

Mais ele voltou atrás

Depois de autorizar a apresentação de projeto que institui uma verba para que os deputados federais tenham auxílio-funeral, o deputado Arlindo Chinaglia (PT-SP) voltou atrás da decisão nesta terça-feira. O presidente da Câmara disse que vai apresentar "novas propostas" durante reunião da Mesa Diretora da Casa para substituir o projeto anterior.

Chinaglia disse que assinou o projeto, aprovado por unanimidade pela Mesa Diretora, sem se dar conta do seu teor.

O deputado não quis admitir, no entanto, que assinou o projeto sem ler o seu conteúdo --embora tenha afirmado que recebeu uma "pilha de papéis" entre os quais estava o referente ao auxílio-funeral.

O diretor-geral da Câmara, Sérgio Sampaio de Almeida, afirma que o projeto é de sua responsabilidade e que será discutido "abertamente" pelo plenário da Casa.


sábado, 3 de maio de 2008

A VIOLÊNCIA CONTRA O IDOSO, A MAIORIA SOFRE AGRESSÕES DENTRO DE CASA.



O idoso, que representa atualmente cerca de 10% da população brasileira, também é uma vítima quase sempre invisível dentro de lares muitas vezes acima de qualquer suspeita.


Por - Renata Mariz Da equipe do Correio Braziliense

José Varella/CB

Levantamento feito no Rio de Janeiro, com base nas ocorrências policiais de maus-tratos contra pessoas com mais de 60 anos, mostrou que 78,4% sofrem a agressão dentro de casa. O algoz, em 52,1% dos casos, é um parente ou o companheiro. No ano de 2006, base da pesquisa divulgada pela Secretaria de Segurança Pública do Rio, foram registradas 116 queixas, média de uma a cada três dias. Além de se repetirem país afora, as características das agressões constatadas contra idosos — dentro do lar e praticadas por familiares — assemelham-se ao perfil de violência contra crianças.

Os dois tipos causam uma comoção social muito grande, mas quase sempre se revertem em penas leves. Não porque a Justiça se negue a aplicar uma punição mais rigorosa, e sim porque a pena estabelecida é essa. Dependendo da gravidade, a sentença será a prestação de serviços à comunidade”, observa Paula Ribeiro, defensora pública e coordenadora do Núcleo de Defesa do Idoso no Distrito Federal. Ela destaca, porém, que não defende uma mudança na lei para torná-la mais rigorosa. “O que precisamos é de políticas públicas que atendam o idoso e o familiar, no acesso à saúde, na assistência social, por exemplo”, afirma Paula.

Passados quatro anos de promulgação do Estatuto do Idoso, só agora a maior parte dos estados está finalizando a implantação de centros de prevenção à violência, em parceria com o governo federal. “Mais do que receber denúncias, esses estabelecimentos servirão para executar as políticas, dar assistência, treinar cuidadores”, diz Jurilza Mendonça, assessora técnica da Secretaria Especial de Direitos Humanos, vinculada à Presidência da República.

Mais condenações Promotora atuante na área do idoso no Rio Grande do Norte, Iadya Gama Maio destaca que, com a consolidação dos centros de prevenção, as condenações de agressores na Justiça deverão se intensificar. São raros, hoje, casos de detenção. “No Juizado Especial Criminal, não tivemos condenações ainda, mas sim várias aplicações de transações penais. Mas isso porque os processos criminais são ainda recentes, muitos estão em andamento”, explica a promotora.

As prisões ocorrem, na maioria das vezes, em flagrante. Como no caso recente do cuidador que agredia um idoso de 83 anos em Taguatinga. Sem antecedentes criminais, entretanto, o réu primário acaba respondendo ao processo em liberdade. No Distrito Federal, reconhecido por ter um canal eficiente de denúncias em prol dos idosos, foram registradas 172 ocorrências de agosto para cá, só na Secretaria de Ação Social. A maior parte, 70, refere-se a maus-tratos.